sexta-feira, 22 de maio de 2020

ATIVIDADE 7ºs ANOS A, B, C - CONTO


E. E. PROFESSOR VICENTE PEIXOTO

PROFESSORAS: ROSANGELA CLAUDINO E KÁTIA MEDEIROS   

DISCIPLINA: PORTUGUÊS                  TRUMAS: 7ºs ANOS   A, B, C

AULA DO CENTRO DE MÍDIAS: LEITURA              21 DE MAIO DE 2020

TESTEMUNHA TRANQUILA


      O camarada chegou assim com ar suspeito, olhou pros lados e — como não parecia ter ninguém por perto — forçou a porta do apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, para ver no que ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era um mau caráter.
      E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto — pensei — é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
      Mas não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas para levar. O cara — ao contrário — parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
      — Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar para matar — eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliviado por não conhecer o homem e — portanto — ser difícil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com aquilo.
      De repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe era visível pela réstea de luz, que vinha por baixo da porta.
      Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? — pensei eu. Pois era uma graça, meus caros. Quando ela acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa às pampas.               Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e fechou a porta com um pontapé... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direção à bonitinha e pataco... tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimba... tacou outra.
Os caros leitores perguntarão: — E você? Assistindo aquilo tudo sem tomar uma atitude? — a pergunta é razoável. Eu tomei uma atitude, realmente. Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e eu fui dormir.
                                                                             
                                                                                                 (Stanislaw Ponte Preta )


1- O texto “Testemunha tranquila” pertence ao gênero textual:

(A) história em quadrinhos.            (B) receita culinária.            (C) conto.



2- O texto "A testemunha tranquila" apresenta características de uma história de suspense. Que  características são essas?

(A) Apresenta uma atmosfera engraçada que contribui para provocar risos no leitor.
(B) Apresenta uma atmosfera  romântica que contribui para provocar sentimentos amorosos no leitor.
(C) Apresenta uma atmosfera de mistério que contribui para provocar tensão e aflição  no leitor.
(D) Apresenta uma atmosfera de aventura que contribui para provocar sensações diferentes no leitor.


3- O espaço (lugar onde acontecem os fatos) no texto é:

(A) uma rua.                      (B) um zoológico.               (C) um apartamento.



4- O narrador-personagem é testemunha de uma cena. Qual foi a sensação que ele teve diante da cena?

(A) Sentiu que o camarada era esperto e iria se dar bem.
(B) Sentiu que o camarada era suspeito e mau-caráter.
(C) Sentiu que o camarada era suspeito e que devria tomar uma atitude contra ele.
(D) Sentiu que o camarada era suspeito e resolveu chamar a polícia.


 5- O narrador-personagem percebeu que o camarada não era um ladrão, pois ele parecia conhecer perfeitamente o apartamento. Então pensou de novo e achou que fosse um assassino, mas suspirou aliviado porque:

(A) o camarada disse a ele que não era um assassino e tinha entrado no apartamento errado.
(B) o camarada saiu do apartamento e foi para o apartamento vizinho, que era da sua namorada.
(C) o camarada era um entregador de pizzas.
(D) concluiu que por não conhecer o homem e não ter nada a ver com aquilo seria difícil que ele estivesse esperando-o para fazer-lhe algum mal.


 6- De repente o narrador-personagem ouviu passos no corredor. A porta foi aberta lentamente e apareceu:

(A) a silhueta de uma mulher bonita.
(B) a sulhueta de um homem forte, musculoso.
(C) a silhueta de uma senhora idosa que usava bengala.
(D) a silheta de uma criança linda e indefesa.

 7- Durante grande parte da cena, a única ação do narrador-personagem é olhar. Porém, há uma ação praticada por ele que interfere absolutamente no texto, interrompendo a cena. Que ação foi essa?

(A) Foi tomar um refrigerante na cozinha.
(B) Pegou uma vassoura e acertou a cabeça do camarada que entrou no apartamento.
(C) Pegou a mulher pelos braços e começou a dançar com ela.


 8- Os acontecimentos finais conferem ao texto:

(A) um tom de romantismo.
(B) um tom  humorístico.
(C) um tom de suspense.
(D) um tom de tristeza.

 9- Qual é o objetivo do texto?

(A) Informar o leitor sobre um assunto.
(B) Divertir o leitor.
(C) Ensinar o leitor a fazer uma sobremesa.

10- O texto está escrito em:

(A) prosa.                            (B) verso.


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