E. E. PROFESSOR
VICENTE PEIXOTO
PROFESSORAS:
ROSANGELA CLAUDINO E KÁTIA MEDEIROS
DISCIPLINA:
PORTUGUÊS TRUMAS: 7ºs
ANOS A, B, C
AULA DO CENTRO
DE MÍDIAS: LEITURA 21 DE
MAIO DE 2020
TESTEMUNHA
TRANQUILA
O camarada chegou assim com ar suspeito,
olhou pros lados e — como não parecia ter ninguém por perto — forçou a porta do
apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, para ver no que ia dar aquilo.
Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era
um mau caráter.
E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto — pensei — é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
Mas não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas para levar. O cara — ao contrário — parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
— Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar para matar — eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliviado por não conhecer o homem e — portanto — ser difícil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com aquilo.
De repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe era visível pela réstea de luz, que vinha por baixo da porta.
Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? — pensei eu. Pois era uma graça, meus caros. Quando ela acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa às pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e fechou a porta com um pontapé... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direção à bonitinha e pataco... tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimba... tacou outra.
Os caros leitores perguntarão: — E você? Assistindo aquilo tudo sem tomar uma atitude? — a pergunta é razoável. Eu tomei uma atitude, realmente. Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e eu fui dormir.
E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto — pensei — é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
Mas não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas para levar. O cara — ao contrário — parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
— Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar para matar — eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliviado por não conhecer o homem e — portanto — ser difícil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com aquilo.
De repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe era visível pela réstea de luz, que vinha por baixo da porta.
Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? — pensei eu. Pois era uma graça, meus caros. Quando ela acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa às pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e fechou a porta com um pontapé... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direção à bonitinha e pataco... tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimba... tacou outra.
Os caros leitores perguntarão: — E você? Assistindo aquilo tudo sem tomar uma atitude? — a pergunta é razoável. Eu tomei uma atitude, realmente. Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e eu fui dormir.
(Stanislaw Ponte Preta )
1-
O texto “Testemunha tranquila” pertence ao gênero textual:
(A)
história em quadrinhos. (B)
receita culinária. (C) conto.
2-
O texto "A testemunha tranquila" apresenta características de
uma história de suspense. Que
características são essas?
(A) Apresenta
uma atmosfera engraçada que contribui para provocar risos no leitor.
(B) Apresenta
uma atmosfera romântica que contribui
para provocar sentimentos amorosos no leitor.
(C) Apresenta
uma atmosfera de mistério que contribui para provocar tensão e aflição no leitor.
(D) Apresenta
uma atmosfera de aventura que contribui para provocar sensações diferentes no
leitor.
3- O espaço
(lugar onde acontecem os fatos) no texto é:
(A) uma
rua. (B) um
zoológico. (C) um
apartamento.
4- O
narrador-personagem é testemunha de uma cena. Qual foi a sensação que ele teve
diante da cena?
(A) Sentiu que o
camarada era esperto e iria se dar bem.
(B) Sentiu que o
camarada era suspeito e mau-caráter.
(C) Sentiu que o
camarada era suspeito e que devria tomar uma atitude contra ele.
(D) Sentiu que o
camarada era suspeito e resolveu chamar a polícia.
5- O narrador-personagem percebeu que o
camarada não era um ladrão, pois ele parecia conhecer perfeitamente o
apartamento. Então pensou de novo e achou que fosse um assassino, mas suspirou
aliviado porque:
(A) o camarada
disse a ele que não era um assassino e tinha entrado no apartamento errado.
(B) o camarada
saiu do apartamento e foi para o apartamento vizinho, que era da sua namorada.
(C) o camarada
era um entregador de pizzas.
(D) concluiu que
por não conhecer o homem e não ter nada a ver com aquilo seria difícil que ele
estivesse esperando-o para fazer-lhe algum mal.
6- De repente o narrador-personagem ouviu
passos no corredor. A porta foi aberta lentamente e apareceu:
(A) a silhueta
de uma mulher bonita.
(B) a sulhueta
de um homem forte, musculoso.
(C) a silhueta
de uma senhora idosa que usava bengala.
(D) a silheta de
uma criança linda e indefesa.
7- Durante
grande parte da cena, a única ação do narrador-personagem é olhar.
Porém, há uma ação praticada por ele que interfere absolutamente no texto, interrompendo
a cena. Que ação foi essa?
(A) Foi tomar um
refrigerante na cozinha.
(B) Pegou uma
vassoura e acertou a cabeça do camarada que entrou no apartamento.
(C) Pegou a
mulher pelos braços e começou a dançar com ela.
8- Os acontecimentos finais conferem ao texto:
(A) um tom de
romantismo.
(B) um tom humorístico.
(C) um tom de
suspense.
(D) um tom de
tristeza.
9- Qual
é o objetivo do texto?
(A) Informar o
leitor sobre um assunto.
(B) Divertir o
leitor.
(C) Ensinar o
leitor a fazer uma sobremesa.
10- O texto está escrito em:
(A) prosa.
(B) verso.
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